DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO LUTA DE CLASSES
“A história de toda a sociedade até hoje é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burguês da corporação e oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante antagonismo entre si, travaram uma luta ininterrupta, umas vezes oculta, outras aberta, uma luta que acabou sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com o declínio comum das classes em luta.” (Marx e Engels, Manifesto Comunista)
A cada dia que passa, vemos crescer o desemprego, a exploração e a pobreza em nosso país e no mundo. Os shoppings, os supermercados e as lojas exibem centenas de mercadorias para vender, mas poucos são os que podem comprá-las. Pais de família inutilmente batem de porta em porta procurando um emprego para garantir o sustento de suas famílias. Trabalhadores são demitidos em massa sob o pretexto da crise econômica, enquanto seus patrões capitalistas embolsam o dinheiro dos bilionários “auxílios” estatais. A juventude vê seus sonhos de estudo, trabalho e de uma vida melhor cada dia mais distante, se tornando presas fáceis da marginalidade. Centenas de milhares de famílias camponesas, expulsas do campo, migram para as cidades para somaram-se a esses milhões de desempregados. Já não são meninos de ruas mas milhões de famílias que fizeram dos viadutos e das calçadas suas casas.
A verdade é que os trabalhadores sob o capitalismo, seja em época de crescimento econômico seja em momento de recessão, vivem em uma crise social e financeira permanente. No primeiro Governo Lula, em que os números da economia iam bem, os capitalistas bateram recordes históricos de lucros enquanto os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada tiveram que se contentar com pequenos aumentos salariais, conquistados com muita luta contra os patrões e os governos, que mal dão para garantir o pagamento das contas no final do mês. De fato, só o lucro dos bancos atingiu os estratosféricos R$ 46,1 bilhões enquanto o salário mínimo brasileiro continuou sendo os dos menores do mundo, não chegando nem a R$ 500,00 por mês quando deveria ser, segundo o Dieese, de R$ 1918,12.
Pior ainda é que um grande número de trabalhadores é obrigado pelos patrões a fazer horas-extra e não recebem nada por isso, devido à aplicação do método de exploração conhecido como banco de horas.
De fato, para termos uma idéia mais clara dessa exploração, se acabassem as horas-extra realizadas pelos operários no Brasil, seria possível criar mais 3,5 milhões de empregos na indústria. O resultado é que tem crescido enormemente o número de mortes e acidentes entre os trabalhadores, como também, de doenças que vão desde o esgotamento físico e psíquico a problemas de coluna, lesões por esforço repetitivo etc.
Assim, enquanto os patrões vêem suas fortunas crescerem e seu patrimônio aumentar dia-a-dia, do outro lado, o lado da imensa maioria da população brasileira, a situação é muito diferente; em vez de aumento de salário, queda da renda, piora nas condições de vida e de trabalho, aumento das horas extras e demissões em massa.
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